
Deus criou o mundo numa segunda. Na terça, ele fez a divisão entre a ordem e o caos. Na quarta, ele organizou todos os números. Na quinta, ele permitiu o fluxo e refluxo do tempo. Na sexta, Deus explorou cada canto do recanto do mundo. No sábado ele descansou. E no domingo, Deus abandonou o mundo.
"O céu e o inferno estão muito cheios. Não vai demorar muito até que este mundo também esteja. Ah, eu falhei."

Quando Deus abandonou o mundo, deixando para trás somente essas palavras, as pessoas pararam de morrer. Mesmo que seus corações parem de bater, mesmo que sua carne apodreça, o morto continua a se mover. Dizem que, para salvar os seus povos, Deus enviou a este mundo um último milagre:
os coveiros. Apenas enterros feitos por coveiros podem conceder um sono tranquilo para o morto sem descanso.

Ai é filha de uma coveira chamada
Alfa. As duas viviam pacificamente em um vilarejo simples aonde eram amadas e respeitadas. Depois da morte de Alfa, Ai se torna a coveira da vila, sendo encarregada de enterrar os mortos. Mesmo sozinha e com saudades de sua mãe, Ai aceita o cargo e faz o possível para sempre fazer seu trabalho bem.

Tudo parecia estar tranquilo até um misterioso homem que possui o mesmo nome de seu pai,
Hampnie Hambert, aparece matando a todos no vilarejo alegando que todos já estavam mortos e que Ai não é uma coveira. Porque coveiros não nascem de outros coveiros e eles nunca foram crianças antes.

Várias descobertas e acontecimentos fazem com que Ai, mais tarde, se junte a Hampnie para “salvar” o mundo. Já que há mortos por aí precisando ser enterrados no descanso eterno. Nessa jornada ela conhece
Julie, um amigo de Hampnie que perdeu sua esposa e filha, e
Scar uma coveira com uma cicatriz.

O começo do anime foi de certa forma confuso. Começamos com uma cena aleatória que só é finalmente explicada depois. Uma série de descobertas me deixou bastante surpresa e quando um anime consegue me surpreender, me atrai muito para ver logo. Com esse não foi diferente. A temática foi singular e foi de certa forma incrível. Mais um anime - como minha amiga diz - com tema religioso, porém totalmente diferente do que eu já havia visto. Alguns personagens cativam muito e quando você se dá por si, você está torcendo por ele.

O anime teve, digamos assim, quatro fases. A primeira quando Ai conhece o segredo por trás da vila e do porquê ela é uma criança em uma época que não é comum (Já que os humanos pararam de procriar há quinze anos e Ai tem doze). Ela descobre sobre seu pai e então começa uma jornada para salvar o mundo. Só não entendi o conceito dela de salvar o mundo. Talvez eu tenha não prestado a atenção. (eu faço muito isso :P)

Na segunda fase, já durante sua “jornada”, Ai e seus companheiros descobrem uma cidade/país apenas de mortos. O que faz Ai questionar que mundo exatamente precisa ser salvo, já que o país é tão unido e independente que é como se fosse um mundo separado dos outros.

Na terceira fase, Ai conhece uma escola cujo objetivo é roubar as últimas crianças do mundo para educá-las e nem sei para quê. E é nessa parte do anime que ela conhece
Alis e
Dee ao se juntar com eles para fugirem da escola com alguns outros estudantes.

Para mim, a quarta fase (a final) foi a mais tensa e mais difícil. Não sei se porque era o final do anime, mas tudo foi tão intenso e sério em comparação às outras fases, mais leves e tal. Fiquei muito ansiosa com os acontecimentos e torci muito para que desse tudo certo. Algumas coisas me irritaram, alguns personagens na verdade, e algumas coisas achei que necessitavam explicação. No entanto, isso não atrapalhou a minha visão do anime.

Eu sinceramente desejei mais episódios desse anime. E eu não costumo fazer isso com muitos animes. Foi tão bom porém muito curto. Houveram poucas aventuras e já que ela queria salvar o mundo, eu acho que, sei lá, precisava de mais. Foi realmente um bom anime. Com um final surpreendente também. O especial não é lá grande coisa, mas deve ser assistido pois nos conta mais sobre o pai de Ai.
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