06 de Dezembro de 2018
Nomes:
Tsukumogami Kashimasu | We Rent Tsukumogami.Gêneros:
Cotidiano, Comédia, Mitologia Japonesa, Sobrenatural.Ano:
2018Episódios:
12Sinopse:
Um casal de irmãos adotivos administra uma loja de aluguel na antiga Edo (atual Tóquio), onde o fogo e as enchentes são predominantes e os itens do dia-a-dia são alugados para não impedir quando fogem. Misturado no inventário são objetos antigos que se transformaram em espíritos após centenas de anos de existência chamados, Tsukumogami. Essas criaturas sobrenaturais ouvem conversas pela cidade e as divulgam como fofocas. Cabe aos irmãos de bom coração reagir a essas discussões e resolver a situação usando os poderes do Tsukumogami 
No período Edo, muita gente migrava das áreas rurais para trabalhar na cidade, e a cidade também era conhecida por ter muitos incêndios. Então quem morava em Edo, tinha a tendência a não ter muitos pertences. Os irmãos Seiji e Oko cuidam da Izumoya, uma locadora exótica que tem de tudo, desde itens básicos do dia-a-dia até antiguidades e obras de arte. Contudo, há quem diga que a Izumoya não é apenas uma locadora qualquer. A verdade é que a Izumoya é uma locadora de Tsukumogami, objetos que recebem o carinho dos donos por muito tempo e acabam virando espíritos. 
Tsukumogami Kashimasu me lembrou bastante Fukigen na Mononokean, tanto pela estória quanto pela aparência. Achei muito interessante e novo a estória envolvendo tsukumogami, já ouvi falar nessa criatura mas nunca, de fato, assisti nada que as envolvesse completamente. Os Tsukumogamis são muito engraçados e estão sempre fofocando sobre tudo e todos, e analizando tudo que está acontecendo, e muitas vezes são o fator essencial para o sucesso na resolução de algum dilema ou problema de Seiji e Oko. Essas criaturas não podem (ou não gostam) de conversar ou serem vistos por humanos, então para se comunicarem com os irmãos da Izumoya, eles conversam alto ou os irmãos conversam alto para que os tsukumogamis ouçam. Os tsukumogami que mais gostei foram a Ohime, uma boneca, muito linda e engraçada e Goi, um kiseru (um objeto semelhante a um cachimbo), que vive querendo resumir ou revisar as conversas, e nunca dá sua opinião. 
Seiji é bem esperto e é, praticamente, quem carrega o anime e sua proposta nas costas. Mas algumas vezes era um bananão, principalmente quando se tratava da relação entre ele e Oko. Não vou mentir e dizer que amei ele e sua "irmã", achei que foram personagens principais meio fraquinhos. Sem contar que, mesmo que Seiji seja muito afiado para resolver problemas, os tsukumogamis eram, quase sempre, a chave principal, senão a razão pela qual o caso foi resolvido. Oko me fez dividir opiniões. Certamente não gosto de personagens femininas com personalidade explosiva e mandonas. Algumas vezes ela foi carismática, engraçada e agradável, mas outras vezes ela agia como todas as outras personagens femininas de outros animes, chata, mandona, histérica e briguenta (vi ela duas vezes arregaçando as mangas para bater em alguém e reclamando que homens são todos iguais e com personalidade rasa). Sinceramente, quando essa imagem de que mulher forte é mulher mandona vai acabar?! 
Em meio aos casos episódicos que eram apresentados, e os Tsukumogamis iam sendo emprestados como ferramenta para a solução, ainda havia um misterioso caso envolvendo o passado de Oko. Eu não me interessei por esse caso, sinceramente, pois achei tão blergh, se comparado aos outros. E o pior é que transformaram esse drama em uma estória de fundo, envolvendo não só o rapaz que gostava de Oko, Sataro, como os reais sentimentos de Seiji por ela. Sem contar que a todo momento, havia uma certa ênfase de que eles, Seiji e Oko, são irmãos, mas não de sangue. Até mesmo o narrador do anime fazia questão de salientar isso por diversas vezes. E, claro, logo no começo foi motivo para eu levantar uma sobrancelha porque.. lá vem. Desde que notei a cisma do anime em ficar batendo na mesma tecla de que eles não são irmãos de sangue, fiquei sempre pensando que não era algo relevante ao enredo, e ainda acho que não precisava disso. 
É bastante divertido ver os Tsukumogami fofocando, dando pitaco nos dilemas dos dois, ou dos clientes da Izumoya, mas essa parte do romance entre os dois, e do passado deles, envolvendo o tal Sataro, foi meio irritante e desnecessário. Arrisco dizer que parecia até um pouco forçado? Não que eu seja contra romance. Kounosuke, um amigo de Seiji, por exemplo, fazia parte de um dilema envolvendo romance, e isso não me incomodou. Posso até arriscar e dizer timidamente, que torcia para Kounosuke se declarar. Já Seiji e Oko, me pareceu uma relação forçada, artificial e criada de última hora; mesmo que fomos 'treinados' desde o começo do anime a não levar a sério que eles são irmãos. 
Sinceramente, um anime precisa ter um foco apenas. Se é sobre criaturas que eram objetos e agora vivem em uma locadora, não somente sendo emprestados mas também ajudando a solucionar pequenos dilemas rotineiros, então que esse anime seja apenas sobre isso. Me irrita quando querem nos enfiar romance goela a baixo a todo momento, sendo que não foi isso que procurei no anime quando o conheci e resolvi assisti-lo. Tsukumogami Kashimasu é um anime leve, tranquilo e cativante. Além da animação ser bonita, com cores vibrantes assim como muitos sobre mitologia japonesa, traz uma proposta bem singular. Há sim os contras, por isso removi uma estrela, mas mesmo assim, foi um anime que me cativou bastante.
A Opening desse anime é bem legal, e muito viciante. "Get Into My Heart" por Miyavi e Shishido Kafuka.
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