28 de Junho de 2019
Nome:
Dororo (2019).Gêneros:
Ação, Aventura, Demônios, Histórico, Shounen, Sobrenatural.Ano:
2019Episódios:
24Sinopse:
Um dia, um homem entrou em um templo que abrigava quarenta e oito estátuas possuídas por demônios e fez um acordo: em troca do poder supremo, cada um poderia pegar um pedaço de seu filho que nasceria em breve. Logo depois que a criança veio ao mundo e os demônios resistiram ao fim da barganha; o homem então deixou a criança aleijada no rio para morrer. Encontrado por um bom médico, o menino ficou mais velho com a ajuda de membros protéticos e sentidos aprimorados, mas logo os demônios começaram a segui-lo, e o menino - que seu novo pai chamava Hyakkimaru - partiu para encontrar uma maneira de se completar. Ele procura os quarenta e oito demônios; cada um que ele vence retorna um pedaço de seu corpo. Juntamente com o ladrão infantil Dororo, Hyakkimaru viaja de um lugar para outro, esperando um dia tornar-se inteiro.Dororo é um remake de uma obra bem antiga do famoso manga Tesuka Osamu (Astroboy, Black Jack). Ao contrário de muitos remakes, ou até mesmo adaptações para animação, a nova versão de Dororo chamou a atenção por não ser 100% fiel à obra original. A nova adaptação é ainda uma versão bem mais obscura e pesada do manga de comédia dos anos 60.
O que me chamou a atenção em Dororo foi a sinopse meio vaga e instigante: um garoto que, ao nascer, perdeu seus membros e orgãos devido ao pacto entre seu pai e demônios, em troca de prosperidade de suas terras. Na própria sinopse diz, que Hyakkimaru, o bebê sobrevivente, começa uma jornada ao lado de uma criança, chamada Dororo, em busca desses demônios para ter seus membros de volta.
Ao ler que ele lutaria com demônios e recuperaria esses membros perdidos, eu comecei a ficar curiosa e me perguntar como ele iria tomá-los de volta? Muitas ideias surgiram em minha mente; ele os arrancaria à força dos demônios? que de alguma forma estaria usando esses membros; Como ele os colocaria de volta? Já que ele nasceu sem eles, ele ficaria com pequenos braços ou pernas? (assim como em Deadpool, quando ele perdia um membro e este tornava a crescer do zero).Enfim, essa curiosidade toda em saber como Hyakkimaru iria ter seu corpo de volta, foi o que me fez ter vontade de assistir e saber de verdade como tudo aconteceria. Mesmo assim, não assisti ao primeiro episódio após seu lançamento, acabei vendo-o apenas dois dias depois, depois de ver comentários incrivelmente positivos sobre sua obscuridade, animação e enredo chamativo.
Logo no primeiro episódio fiquei maravilhada e ao mesmo tempo chocada com a seriedade do anime, realmente bem dark. Muito sangue, cenas chocantes e tensas e um enredo tão curioso, juntamente com uma narrativa bem fluida e animação impecável. Isso tudo junto com uma trilha sonora arrepiante, e opening viciante. Fiquei tão atraida por Dororo que comecei a desejar que a semana tivesse apenas um dia: segunda.
À medida que Hyakkimaru ia lutando com demônios e retomando o que é seu, eu ia ficando mais apegada ao anime, personagens e estória. Achava o máximo quando Hyakkimaru lutava com suas espadas, no lugar dos braços, e suas lutas eram bem fluidas. Outra coisa que eu vibrava (e acompanhava juntamente com o fandom), eram as primeiras palavras que ele dizia após recuperar sua voz.Há alguns detalhes que não fariam sentido na estória de Hyakkimaru, mas com a cativação dos personagens, a narrativa que prendia a todo momento, e a qualidade da animação, queriamos apenas torcer para Hyakkimaru recuperar todo seu corpo e derrotar Kagemitsu Daigo, seu pai.
Houve porém várias mudanças após o término do primeiro cour (como são chamadas as partes de um anime, geralmente com doze episódios), desde a abertura à direção, que ficou mais desleixada, e a qualidade da animação caiu um pouco (especialmente todo o episódio 15). As cenas estavam sendo cortadas bagunçadamente, alternando em lugares diferentes, com uma péssima transição.
A animação não estava fluida, e em um momento, quando Hyakkimaru corria, a cena estava muito mal feita. Felizmente, esse foi o único episódio 'porco' de Dororo, que mesmo que a animação não tenha retomado sua qualidade e consistência inicial, ao menos estava um pouco mais trabalhada (embora algumas cenas de ação tenham ficado menos interessante e perdido aquela tensão caractersística que o anime vinha tendo). Voltando ao enredo, havia uma coisa que me matou de raiva (e a vários fãs do anime também). Ao ir recuperando seu corpo aos poucos, surgiu do nada a ideia de Hyakkimaru se tornar um demônio (por começar a matar pessoas), e não ser mais ele mesmo. Bullshit! Ele estava apenas retomando o que lhe foi tirado sem seu consenso. Foi muito chato ver, até mesmo Dororo, questionar se era uma boa ideia. Porque se Hyakkimaru derrotasse todos os demônios, as terras de Daigo iriam ruir, e com ela seu povo. Que absurdo!
Por falar em Dororo, que criança mais esperta e legal. Apesar de não gostar de personagens muio pequenos, achei um personagem super bem construido e muito cativante. O pequeno chamando Hyakkimaru de Aniki (grande irmão) e ajudando-o a descobrir as coisas, a falar, ajudando-o em sua jornada, foi muito cativante. Uma pena que hoje em dia é tão importante discutir sobre o personagem como se fossem individuos de carne e osso.
Falo isso devido à grande polêmica em relação o gênero de Dororo (que é uma menina mas se veste como menino). Na obra original, isso é explicado, mas na atual foi deixado bem nas entrelinhas, e quando foi descoberto de fato que Dororo é uma menina, mas quer ser visto e tratado como menino, iniciou-se uma enorme e desnecessária discussão sobre como esse personagem seria chamado desde então, já que magicamente seria necessário e obrigatório chamá-lo de menino ou menina *ironia*. Eu mesma fico confusa entre chamá-lo de ele ou ela, ao escrever a review, por exemplo. Mas não fico militando e esperando que todo mundo concorde e obrigatoriamente chame-o de menino, por exemplo, como vi várias pessoas fazendo no tumblr (isso só na única rede social que frequento). Cada pessoa tem o direito de chamar Dororo de menina ou de menino, fazer essa pessoa concordar com a sua opnião é extremamente errado. Fazer um personagem fictício e não real, se tornar alguém para ser a representação dessas pessoas, é errado. Um personagem ficticio não existe. Que bobeira.
Os erros desse fandom me fizeram lembrar de erros em fandoms musicais, onde há tanta guerra e gente querendo obrigar os outros a pensarem o mesmo, sobre ships, por exemplo. É tóxico, infantil e totalmente desnecessário. Mas voltando à realidade, para a qual as pessoas esquecem de voltar, não importa se Dororo é menino ou menina. O que importa é o papel importante que esse personagem tem ao lado de Hyakkimaru; a importância que ele tem para a estória no geral. Não se ele vai fazer pessoas ao redor do mundo se sentirem representadas em uma obra fictícia que, francamente, não levará a lugar algum além do entretenimento.
Dororo pecou algumas vezes ao chegar no termino da estória. Haviam cenas quase mal feitas e algumas coisas desencessárias no final. Mas ao todo, foi um anime bem complexo e completo. Uma narrativa super interessante, personagens cativantes e uma estória tão singular, apesar de tão séria e obscura.
Eu gostei bastante de ter acompanhado o anime nessas vinte e quatro semanas, e fico feliz de não ter esperado acabar para desfrutar dessa estória tão singular. Apesar de que teria sido melhor ver depois e ficar de fora da onda de negatividade do fandom nas redes sociais.
Deixo a primeira abertura de Dororo, Kaen, por Ziyoou-vachi. Uma música super viciante cheia de efeitos e melodias incríveis.
O que me chamou a atenção em Dororo foi a sinopse meio vaga e instigante: um garoto que, ao nascer, perdeu seus membros e orgãos devido ao pacto entre seu pai e demônios, em troca de prosperidade de suas terras. Na própria sinopse diz, que Hyakkimaru, o bebê sobrevivente, começa uma jornada ao lado de uma criança, chamada Dororo, em busca desses demônios para ter seus membros de volta.
Ao ler que ele lutaria com demônios e recuperaria esses membros perdidos, eu comecei a ficar curiosa e me perguntar como ele iria tomá-los de volta? Muitas ideias surgiram em minha mente; ele os arrancaria à força dos demônios? que de alguma forma estaria usando esses membros; Como ele os colocaria de volta? Já que ele nasceu sem eles, ele ficaria com pequenos braços ou pernas? (assim como em Deadpool, quando ele perdia um membro e este tornava a crescer do zero).Enfim, essa curiosidade toda em saber como Hyakkimaru iria ter seu corpo de volta, foi o que me fez ter vontade de assistir e saber de verdade como tudo aconteceria. Mesmo assim, não assisti ao primeiro episódio após seu lançamento, acabei vendo-o apenas dois dias depois, depois de ver comentários incrivelmente positivos sobre sua obscuridade, animação e enredo chamativo.
Logo no primeiro episódio fiquei maravilhada e ao mesmo tempo chocada com a seriedade do anime, realmente bem dark. Muito sangue, cenas chocantes e tensas e um enredo tão curioso, juntamente com uma narrativa bem fluida e animação impecável. Isso tudo junto com uma trilha sonora arrepiante, e opening viciante. Fiquei tão atraida por Dororo que comecei a desejar que a semana tivesse apenas um dia: segunda.
À medida que Hyakkimaru ia lutando com demônios e retomando o que é seu, eu ia ficando mais apegada ao anime, personagens e estória. Achava o máximo quando Hyakkimaru lutava com suas espadas, no lugar dos braços, e suas lutas eram bem fluidas. Outra coisa que eu vibrava (e acompanhava juntamente com o fandom), eram as primeiras palavras que ele dizia após recuperar sua voz.Há alguns detalhes que não fariam sentido na estória de Hyakkimaru, mas com a cativação dos personagens, a narrativa que prendia a todo momento, e a qualidade da animação, queriamos apenas torcer para Hyakkimaru recuperar todo seu corpo e derrotar Kagemitsu Daigo, seu pai.
Houve porém várias mudanças após o término do primeiro cour (como são chamadas as partes de um anime, geralmente com doze episódios), desde a abertura à direção, que ficou mais desleixada, e a qualidade da animação caiu um pouco (especialmente todo o episódio 15). As cenas estavam sendo cortadas bagunçadamente, alternando em lugares diferentes, com uma péssima transição.
A animação não estava fluida, e em um momento, quando Hyakkimaru corria, a cena estava muito mal feita. Felizmente, esse foi o único episódio 'porco' de Dororo, que mesmo que a animação não tenha retomado sua qualidade e consistência inicial, ao menos estava um pouco mais trabalhada (embora algumas cenas de ação tenham ficado menos interessante e perdido aquela tensão caractersística que o anime vinha tendo). Voltando ao enredo, havia uma coisa que me matou de raiva (e a vários fãs do anime também). Ao ir recuperando seu corpo aos poucos, surgiu do nada a ideia de Hyakkimaru se tornar um demônio (por começar a matar pessoas), e não ser mais ele mesmo. Bullshit! Ele estava apenas retomando o que lhe foi tirado sem seu consenso. Foi muito chato ver, até mesmo Dororo, questionar se era uma boa ideia. Porque se Hyakkimaru derrotasse todos os demônios, as terras de Daigo iriam ruir, e com ela seu povo. Que absurdo!
Por falar em Dororo, que criança mais esperta e legal. Apesar de não gostar de personagens muio pequenos, achei um personagem super bem construido e muito cativante. O pequeno chamando Hyakkimaru de Aniki (grande irmão) e ajudando-o a descobrir as coisas, a falar, ajudando-o em sua jornada, foi muito cativante. Uma pena que hoje em dia é tão importante discutir sobre o personagem como se fossem individuos de carne e osso.
Falo isso devido à grande polêmica em relação o gênero de Dororo (que é uma menina mas se veste como menino). Na obra original, isso é explicado, mas na atual foi deixado bem nas entrelinhas, e quando foi descoberto de fato que Dororo é uma menina, mas quer ser visto e tratado como menino, iniciou-se uma enorme e desnecessária discussão sobre como esse personagem seria chamado desde então, já que magicamente seria necessário e obrigatório chamá-lo de menino ou menina *ironia*. Eu mesma fico confusa entre chamá-lo de ele ou ela, ao escrever a review, por exemplo. Mas não fico militando e esperando que todo mundo concorde e obrigatoriamente chame-o de menino, por exemplo, como vi várias pessoas fazendo no tumblr (isso só na única rede social que frequento). Cada pessoa tem o direito de chamar Dororo de menina ou de menino, fazer essa pessoa concordar com a sua opnião é extremamente errado. Fazer um personagem fictício e não real, se tornar alguém para ser a representação dessas pessoas, é errado. Um personagem ficticio não existe. Que bobeira.
Os erros desse fandom me fizeram lembrar de erros em fandoms musicais, onde há tanta guerra e gente querendo obrigar os outros a pensarem o mesmo, sobre ships, por exemplo. É tóxico, infantil e totalmente desnecessário. Mas voltando à realidade, para a qual as pessoas esquecem de voltar, não importa se Dororo é menino ou menina. O que importa é o papel importante que esse personagem tem ao lado de Hyakkimaru; a importância que ele tem para a estória no geral. Não se ele vai fazer pessoas ao redor do mundo se sentirem representadas em uma obra fictícia que, francamente, não levará a lugar algum além do entretenimento.
Dororo pecou algumas vezes ao chegar no termino da estória. Haviam cenas quase mal feitas e algumas coisas desencessárias no final. Mas ao todo, foi um anime bem complexo e completo. Uma narrativa super interessante, personagens cativantes e uma estória tão singular, apesar de tão séria e obscura.
Eu gostei bastante de ter acompanhado o anime nessas vinte e quatro semanas, e fico feliz de não ter esperado acabar para desfrutar dessa estória tão singular. Apesar de que teria sido melhor ver depois e ficar de fora da onda de negatividade do fandom nas redes sociais.
Deixo a primeira abertura de Dororo, Kaen, por Ziyoou-vachi. Uma música super viciante cheia de efeitos e melodias incríveis.
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