07 de Fevereiro de 2019
Nome:
Noragami Aragoto.Gêneros:
Ação, Aventura, Comédia, Sobrenatural, Shounen.Ano:
2015Episódios:
13Sinopse:
Ocorrendo imediatamente após a primeira temporada, Noragami Aragoto mergulha no complicado passado entre Yato e o deus da guerra Bishamon. O deus feminino guarda um misterioso rancor contra Yato, que muitas vezes resulta em confrontos violentos entre eles. Não ajuda que a Regalia mais confiável e amada de Bishamon, Kazuma, pareça estar em dívida com Yato. Quando vidas estão em jogo, desvendar esses mistérios e outros pode ser a única maneira de corrigir os erros do passado. Review de Noragami aqui.
Yato é um Deus desconhecido que faz pequenos trabalhos em troca de 5 yens, com o objetivo de construir seu templo e ser reconhecido como Deus, juntamente com Yukine, sua Shinki (regalia). Yukine, feliz como shinki de Yato, conhece Suzuha, um shinki de Bishamon, a deusa da Guerra e que tem um ódio e rancor imenso por Yato. No entanto, Suzuha é assassinado e o culpado ainda sequestra Hyori, a amiga jovem dos dois que colou neles para ter seu problema resolvido: sua alma deixa seu corpo e ela é capaz de ver e interagir com Deuses e Ayakashis. Yato, porém, desconfia que Bishamon é a responsável pelo sequestro e novamente o ódio e rixa entre os dois vem à tona. O que aconteceu no passado, quando Yato matou as Shinkis de Bishamon?Recentemente, decidi assistir logo à segunda temporada de Noragami. Lembro que só não assisti na época, pois havia descoberto que essa temporada seria mais sobre o ódio de Bishamon por Yato, que é o que a sinopse enfatiza. Na época, odiei Bishamon e pensei que, se fosse uma temporada apenas dela, eu presumia, não valeria à pena assistir. No entanto, para refrescar a memória, depois de decidir assistir sim à segunda temporada, decidi rever a primeira. Lembrei o quanto gostei de Noragami e ainda, fiquei super curiosa sobre o que Kazuma, Shinki de Bishamon, deveria a Yato, que supostamente seria contado nessa sequência.O primeiro arco de Noragami Aragoto, o que se refere na sinopse, foi super dramático. Explicou sim tudo que envolve Kazuma e Yato, e explicou todo o ódio sentido por Bishamon. E não foi só isso, Bishamon foi corrompida por um de seus Shinkis, um outro, que havia se tornado amigo de Yukine, foi assassinado, e todos se viraram contra Kazuma ao descobrirem que ele estava ajudando Yato em uma purificação (que ocorreu na primeira temporada), sem permissão de sua mestre. A confiança de Bishamon por Kazuma se desfazia ainda mais quando foi revelado o real motivo de Yato ter matado todos seus shinkis, no passado.
Diferente da primeira vez que assisti Noragami, da segunda vez achei Bishamon interessante. Não gosto de suas roupas mas admito que ela é uma boa Deusa, muito forte, e um dos principais motivos para tê-la odiado antes, foi esse ódio cego por Yato. Uma vez que isso foi solucionado, embora eles não se gostam no presente, o rancor se foi, e isso de certa forma, contribuiu para Bishamon ser quem ela é agora. Ela foi super durona no arco final, muito legal realmente. E finalmente acabei entendendo-a melhor e gostando realmente dela.Outro personagem que me surpreendeu, juntamente com Bishamon, foi Kazuma, seu Shinki. Eu já havia o achado um bishonen (megane boy!) e gostado dele pelo pouco que foi mostrado a seu respeito. Mas dessa vez, muito foi explicado e entendo perfeitamente as razões dele. Não só lembrei que Shinkis eram humanos e têm emoções ainda, como fiquei encantada pela devoção dele a Bishamon e o quanto ele quer protegê-la. Outra coisa admirável foi ele ensinando Yukine como Shinki. Vi vários lados dele que nunca imaginaria e gostei como foi mostrado esse laço entre os dois, de forma leve e descontraida. Foi devido a seus ensinamentos que Yukine conseguiu provar muita coisa nos últimos episódios, derrotando um Nora, que aparentemente são bem mais fortes até mesmo que um receptáculo divino. Comentei na review da primeira temporada, o quanto gosto de Yato e sua personalidade distinta. Um personagem extremamente divertido e engraçado, faz qualquer coisa por pouco dinheiro, está sempre atendendo ao celular com muito carisma, tudo isso para poder finalmente ter seu próprio santuário e ser conhecido como um Deus. Na primeira temporada, seu Shinki, Yukine, foi algumas vezes irritante por demonstrar muitas fraquezas e prejudicá-lo. Dessa vez Yukine ficou de mimimi por ciumes de Nora (nora são como os shinkis com mais de um dono são chamados, eles são vistos com maus olhos pelos deuses e outros shinkis), um shinki que Yato usava antigamente.
Por sua vez, Nora, se mostrou ainda mais nojenta que a temporada anterior, sendo maléfica e chantageando Yato a voltar a matar, como antes. Algumas vezes ela ainda o hipnotizava, fazendo completar os serviços. Sem saber que Yato foi praticamente abduzido por Nora, Yukine ficou com ciumes bestas, duvidando de Yato e não esperando sua versão para condená-lo a preferir uma nora a seu receptáculo divino (nome dado aos shinkis que se arriscam, por vontade própria, para salvarem seus mestres).Outra coisa que me irritou bastante foi Hyori. Não a odiei na temporada anterior, pelo contrário, a achei super legal, ajudou bastante e embora eu odiasse os fanservices (ela mostrava a calcinha inteira quando chutava alguém) dela e os hints de romance com Yato, eu via nela um personagem que não estava ali apenas para ser um par romântico, mas como um personagem de verdade. Nessa temporada, porém, não entendi o quão chata ela estava e em quanto eles focaram em sua vida normal de estudante. Cenas dela na escola, com suas amigas, tendo seu primeiro beijo... nada disso é relevante para a estória. Como se não bastasse, veio à tona novamente o problema dela, um ser humano vivo, convivendo com criaturas do outro mundo, e como Yato deveria cortar esses laços com ela, para que ela pudesse voltar ao normal. Deram tanta ênfase na temporada anterior e nessa, que pensei que isso seria o clímax, pelo menos, do último arco do anime. Obviamente, não foi para frente nem para trás, e Hyori ainda virou uma protagonista de anime de romance. Se não bastasse isso, ainda tivemos a possibilidade de Hyori esquecer Yato e Yukine, mas vejam só, ela superou isso sozinha.. bravo. Enfim, não só não gostei dela nessa temporada como, vou confessar, a odiei. A achei desnecessária, embora ela tenha ajudado um pouquinho no final do anime. Mesmo assim, qual a vantagem em pegar um personagem que tinha quase tudo para funcionar, e transformá-lo em um personagem digno de romances shoujos?
Nos últimos arcos da temporada, conhecemos Ebisu, um dos deuses da fortuna, que tem um histórico vasto de reencarnações (deuses conhecidos e venerados, revivem após morrerem).E foi bem emocionante o contato que ele teve com Yato nos episódios finais. Achei interessante conhecer mais um personagem desse fantástico mundo dos deuses, e foi muito triste as injustiças que foram cometidas contra ele. Eu duvidei dele, no começo, quando achei que ele estava envolvido com os ayakashis (fantasmas, espíritos malignos), mas quando entendi seus motivos, não pude deixar de torcer para que ele ficasse bem. Posso afirmar que Noragami Aragoto me decepcionou um pouquinho. Fazia tempo que não me decepcionava com sequências e isso me desanima, pois talvez afete minha vontade de manter o anime comigo, e revê-lo se tiver vontade. Gostei de Noragami pelo humor, pela singularidade do enredo e pelas cenas de ação impecáveis. Mas personagens como Hyori, os mimimis de Yukine e as nojeiras repulsivas de Nora, vão pesando no geral. Fiquei tão chateada com a decaida de Hyori nos episódios oito e nove (quando ela virou heroina de manga shoujo), que enrolei bastante para continuar vendo.
A animação está bem trabalhada e bonita, os personagens não bonitos, Bishamon estava incrível em sua armadura nos episódios finais (heroinas não precisam mostrar os peitos, querida), mas personagens sempre pesarão na hora de dar, não só a nota final, como para mudar minha visão do anime no geral. Infelizmente não sei se terei vontade de rever a primeira temporada de novo, ou até mesmo essa, muito menos terei energia para ver a última ova o mais rápido possível também.
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