Doukyonin wa Hiza, Tokidoki, Atama no Ue.

27 de Março de 2019
Nomes:
Doukyonin wa Hiza, Tokidoki, Atama no Ue | My Roommate is a Cat.
Gêneros:
Cotidiano, Comédia.
Ano:
2019
Episódios:
12
Sinopse:
A história de Mikazuki Subaru, um romancista que é tímido e luta em relacionamentos com outras pessoas, e um gato que foi abandonado por seres humanos e viveu uma vida difícil nas ruas. Através de uma reviravolta do destino, os dois acabam vivendo juntos. Este conto animador ilustra a vida do dia-a-dia através dos olhos do homem e do gato. Esses momentos parecem triviais, mas à medida que se constroem, os dois tornam-se familiares e encontram a felicidade em sua vida juntos.
Mikazuki Subaru é um romancista que não gosta de conviver com pessoas. Antissocial, e agora sozinho, após a morte de seus pais, ele se limita a receber apenas as visitas de seu novo editor, que é bem mais animado que o anterior. Sua vida muda, e vira e pernas para o ar, quando ao levar uma oferenda para o túmulo de seus pais, ele encontra um gato faminto. Ao pensar ser um aviso de seus falecidos pais, para ter alguma companhia, Subaru leva o gatinho para casa. Começa então o cotidiano dos dois, ambos se descobrindo como dono e bichinho de estimação.
O que me fez interessar por esse anime foi a arte e por, finalmente, ser um anime sem a temática isekai, ecchi, romance, lutas, etc etc. Eu geralmente dou chances a animes que não tenham nenhum gênero/tema citado anteriormente, porque muitas vezes meus gêneros preferidos não são lançados constantemente. O curioso é que eu não pretendia assistir a esse anime em lançamento, semanalmente. Eu só me interessei em acompanhar, de fato, ao ver gifs e captures no tumblr e me encantei pela arte, e, assim então, pelo protagonista, Mikazuki Subaru.
O que me chamou a atenção nesse anime, foi a narrativa. O episódio era sempre dividido entre o ponto de vista de Subaru e Haru, a gatinha, que quase sempre tinha os últimos 10 a 15 minutos, para contar sua versão. Ou seja, além de termos o desenvolvimento do personagem Subaru, e podermos ser cativados por ele, ainda conhecemos o de Haru, e sentir a mesma coisa por ela.
Outra coisa que gostaria de comentar, tendo um gato em casa (não meu, mas da minha irmã), que comparei muito os maneirismos e ações de Haru a esse gato, chamado Tom. Claro, convivi com muitos gatos, conheci muitas manias diferentes de cada um, então não pude evitar a continuar comparando e comparando.
Muita coisa que Haru fez no anime, me lembrou vários gatos que passaram por minha vida (e não foram poucos!), coisas como brincar com coisas que não existem, sentar no colo do dono e depois olhar em seu rosto, ficar doido por comida, bagunçar a casa, dormir no laptop, etc etc etc. Já houveram algumas coisas que eu nunca vi um gato fazer, e duvido muito que façam, como lamber o dono para carinho, pegar a vasilha de comida e levar até o dono, proteger irmãos mais velhos...
Essa última, eu gostaria de comentar mais detalhadamente. Eu já tive muitos gatos, e já vi muitas ninhadas diferentes e nunca, NUNCA, vi um gatinho mais velho (filho da mesma mãe), cuidar ou proteger um gatinho que, por exemplo, nasceu algumas ninhadas depois. E Haru é mostrada nos flashbacks como a irmã mais velha de três, se não me engano, gatinhos novinhos. Eu já vi mãe cuidando dos filhotes, ao mesmo tempo algumas que não davam bola para eles. Já vi irmãos, da mesma ninhada ficarem juntos, mas não protegendo um ao outro. Sei que é ficção, mas não pude não comparar isso, me baseando na minha experiência.
Agora, falando um pouco sobre Subaru. Subaru perdeu os pais e sempre foi antissocial. Então logo conhecemos um personagem que sofre muito quando precisa falar com pessoas, e que começa a fazer isso por 'precisão', pois tem um gatinho que precisa de ração, ida ao veterinário, uma dieta, etc.. Então em frente a nossos olhos, ao decorrer dos episódios, vamos vendo essa evolução de Subaru em relação à relações sociais.
Virou amigo da moça do petshop, Okami Nana, desenvolveu uma relação mais leve com seu editor, Kawase Atsushi, que é muito ativo e animado. Fez amizade com o irmão de Okami, conseguiu se relacionar com seus fãs em uma sessão de autógrafo. Conseguiu pedir informações na rua quando Haru sumiu.. enfim. Vimos Subaru, aos pouquinhos, sair mais da sua concha, expandir seu mundo e tudo isso por causa de Haru. Isso só torna essa amizade linda e dá aquela fecilicadezinha de ver Subaru superando seus medos.
A animação não é 100% perfeita (nem deve haver anime assim, LOL) mas a arte é muito bonita e cativante. Há bastante efeito cômico nas cenas, principalmente quando há sentimentos dos personagens sendo retratados, e isso deixa o anime super leve. Não decaiu em momento algum, a animação continuou consistente até o fim.
O último episódio foi bastante emocionante para mim, porque eu vi ali, na telinha do pc, retratada uma estória parecida com a que passei ano passado, envolvendo nosso gato. Ele achou uma maneira de escapulir, em uma época do cio (acasalamento), ficou escondido em um matagal no quarteirão detrás do nosso, por uma semana inteira! Ouviamos os miados dele, tentamos várias maneiras de atrai-lo, com comida, chamando, etc, e nada. Então ver Subaru e os outros passando pelo mesmo caso, me fez sentir uma simpatia imensa e sentir aflição como se eu tivesse naquela época novamente. Um anime te fazer sentir o mesmo que os personagens estão sentindo, merece uma nota grande!

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